domingo, 3 de mayo de 2015

O irmão alemão (Chico Buarque / Companhia das Letras 2014)


Entre la ficción y la autobiografía Chico Buarque acaba de publicar O irmão alemão en donde rearma la historia de su hermano alemán nacido cuando su padre aún era soltero y era corresponsal en Berlín.
Ambientada en el Sao Paulo de los años sesenta, tiene como uno de los escenarios principales la gran biblioteca paterna en donde se hallan varios ejemplares autografiados por sus autores ( en la novela se reproduce un fascimilar de la dedicatoria de Guimaraes en la primera hoja de Gran sertón, por ejemplo)
Una carta en alemán hallada entre las páginas de La Rama Dorada nos hará seguir las peripecias de la trama casi detectivesca acompañando a este adolescente en la búsqueda de la verdad familiar y de su propia identidad.


Museo de Arte Moderno de Bahía

Emplazado frente al mar en el Solar de la Unión, el Museo de Arte Moderno de Bahía es uno de los lugares imperdibles de Salvador.
Nos tocó asistir a la muestra "As aventuras de Pierre Verger", un maravilloso acercamiento a la vida de este fotógrafo francés que huyó de la vida burguesa en Europa para adentrarse en el misterio de otras culturas, en lugares tan disímiles como Salvador, Polinesia, Shangai o Perú.
En una narración fílmica y fotográfica excelentemente diseñada podemos acercarnos a la obra genial de Verger que eligió Salvador como su lugar en el mundo.
La muestra está auspiciada por la Fundación Pierre Verger que también tiene su sede en el Pelourinho, Salvador.
Les recomendamos visitar el sitio de la Fundación Pierre Verger para un acercamiento más profundo a su obra.






Catálogo de la Exposición "As aventuras de Pierre Verger"
del 12/3 al 31/5/ 2015


Del cuaderno de viaje de Gaby: Marisa lee a Cecilia Meireles en Itapuã



Postales del Pelourinho

Largo do Pelourinho / abril 2015


detalle de casas de Santo Antonio


Largo do Pelourinho / Casa de Jorge Amado

Dorival Caymi retratado por Pierre Verger / Itapua 1946


Itapuã

del cuaderno de Gaby / na praia de Itapuã 13/4/ 2015


playa de Itapuã / abril 2015


Peixe Vermelho frito

Una tierra en donde las calles tienen nombres de poetas

Itapuã en dos canciones

Llegamos a Itapuã cada uno con una canción en la cabeza. Para Gaby era la de Vinicius escuchada en los discos de pasta de su madre y para mí Caetano Veloso y la revelación del primer viaje a Bahía en el 2005.










Tarde em Itapoã
(Toquinho e Vinícius de Moraes)

Um velho calção de banho, um dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho e um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime beber uma água de côco

É bom passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

Enquanto o mar inaugura um verde novinho em folha
Argumentar com doçura com uma cachaça de rolha
E com olhar esquecido no encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo a terra toda a rodar
...
Depois sentir o arrepio do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos, sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos da lua de Itapoã









Itapuã
Caetano Veloso- Circuladô (1991)




Nosso amor resplandecia sobre as águas que se movem
Ela foi a minha guia quando eu era alegre e jovem

Nosso ritmo, nosso brilho, nosso fruto do futuro
Tudo estava de manhã

Nosso sexo, nosso estilo, nosso reflexo do mundo
Tudo esteve em Itapuã

Itapuã, tuas luas cheias, tuas casas feias
Viram tudo, tudo, o inteiro de nós

Itapuã, tuas lamas, algas, almas que amalgamas
Guardam todo, todo, o cheiro de nós


Abaeté, essa areia branca ninguém nos arranca
É o que em Deus nos fiz

Nada estanca em Itapuã
Ainda sou feliz

Itapuã, quando tu me faltas, tuas palmas altas
Mandam um vento a mim, assim: Caymmi

Itapuã, o teu sol me queima e o meu verso teima
Em cantar teu nome, teu nome sem fim

Abaeté, tudo meu e dela
A lagoa bela sabe, cala e diz

Eu cantar-te nos constela em ti
Eu sou feliz

Ela foi a minha guia quando eu era alegre e jovem



Lagoa de Abaete / 2005